Aqui aconteceu algo de muito estranho…O processo de construção da capa da Egoísta 46 dedicada ao "traço", começou há uns meses atrás, percorrendo linhas de raciocínio abstrato, procurando através da razão chegar à forma adequada e justificada.
A dada altura uma determinada ideia começava a ganhar forma. Ao materializá-la apresentou-se-me como uma solução possível… acabou por vir a ser a capa desta edição.
Enquanto a revista ainda estava em fase de produção, encontrava-me a descrever a ideia à minha mãe e ao Augusto e de repente… apercebi-me de que tinha materializado um desenho abstracto. Só nesse momento é que tomei consciência dessa opção… muito estranho. Seria de esperar que a consciência deste tipo de opção surgisse antes e não depois da concretização… Seria de esperar até que tendo eu realizado SEMPRE desenho figurativo viesse a sofrer de algumas incertezas quanto a este tipo de opção, e contudo ali estava ela, em fase de impressão sem que eu desse conta de que tinha andado a gatafunhar uma folha durante umas horas sem ser para representar nada que se nos apresente no mundo real…


1 comment:
interessante era que a própria capa da REVISTA exibisse as pilosidades
que excedem os seus limites de papel
que transbordassem - como se mostra no desenho
Beijinho/abraço
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