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Vim aqui para morrer. Cheguei hoje.
A Figueira da Foz surgiu-me sem rasto de fim de mar, abismo de antigos pescadores e outras almas de fortuna e fé. É um décor, tinhas dito a rir, um dia num pequeno restaurante, a depenicar peixinhos da horta, os dentes brancos numa aparição quase obscena. Pareceu-me, então. Nada do que aqui se passa é real. A terra que não existe.
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Patrícia Reis
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