As regras são simples…
São aliás do conhecimento geral…
Trata-se de apanhar pessoas desprevenidas e desenhá-las à traição. Assim… sem misericórdia.
As pobres vítimas vão serenas, geralmente a dormitar, ou a ler. Não se apercebem sequer de que estão a ser observadas… que lhes estão a registar as suas características. Quando dão por isso já é tarde. Já estão presas num caderno fechado e enfiadas numa mochila. Nada a fazer. A maior parte delas nem dá por nada.
O atacante, com a sua caneta, tem práctica. Sabe que não deve escolher por vítimas moças formosas, senhoras sózinhas… mais habituadas a intuir e detectar os constantes olhares furtivos.
Sabe que deve sim escolher cidadãos mais desgastados pela experiência exaustiva da vida, … corpos conformados com a ideia de ninguém olhar para eles. Esses constituem as melhores presas. Nem sequer interagem com o ambiente envolvente. Vão totalmente encerrados em si mesmos e entorpecidos pelos seus pensamentos.
Toda a operação tem que ser rápida… o tempo de uma curta viagem de comboio. De regresso ao covil contempla-se as presas. Eventualmente investe-se um pouco na aplicação de cor dentro do mesmo registo… cobertura rápida com movimentos ligeiros…
1,2,3 e já está… Amanhã será outro dia.