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Tuesday, November 3, 2015

[ A parede do eléctrico ]


A McDonald's Portugal, no âmbito da sua iniciativa "Sorrisos com cor – Dia do Fundador 2015", promoveu intervenções de beneficiação e melhoramento em várias instituições que têm como vocação a acção social direccionada para vários sectores desfavorecidos do tecido social do nosso país. Esta acção culminou, no dia 27 de Outubro, com a apresentação das intervenções efectuadas. As intervenções contemplam um leque alargado de áreas como a beneficiação de instalações, o fornecimento de equipamentos de carácter variado, ou ainda, o acesso a contribuições com origem em parceiros externos. 
O meu amigo Rui Simões desafiou-me a colaborar, através da oferta de uma ilustração para uma das paredes da intervenção que incidiu sobre as instalações da Novo Futuro Manique (Casa Laminga). A área delimitada, entre outras, por esta parede, desempenha funções de espaço de convívio entre jovens adolescentes.
A ilustração que propus é sobre o prazer e a sensação de liberdade sentidos por um jovem casal que passeia de mota pelas ruas de Lisboa, numa tarde de céu azul e temperatura amena. Atrás vem um eléctrico em que uma moça partilha dessa alegria observando as fachadas pitorescas da cidade. Ao fundo vê-se um jardim que espreita sobre outra das colinas de Lisboa. Espero que na pequena relevância que esta parede vai ter no dia-a-dia dos jovens utilizadores deste espaço, a mesma possa de alguma forma ser inspiradora de sensações positivas, e quem sabe, de algo mais. As manifestações artísticas (das artes maiores às artes menores) são possuidoras da potencial capacidade de induzir o sonho. Já que não sei fazer música (a arte mais perfeita) lá terá que ficar apenas um boneco.
Este boneco tem 6720 mm de largura * 2330 mm da altura. Mais uma vez o patamar de exigência em que faço questão de trabalhar não se coaduna com a existência de pixel visível na aplicação final. Isto obrigou à produção de mais um desenho de dimensões generosas para permitir uma digitalização sem recurso a interpolação, e, consequente geração de um ficheiro de imagem gigantesco, com aprox. 2.5 GB. A complexidade do tratamento cromático exigiu um grande exercício de equilíbrio entre o minímo possível de layers, e a máxima separação possível dos diferentes patamares de informação. As operações de open e save demoravam um tempo generoso, vivido sempre com alguma angústia.
Na imagem que aqui apresento existe uma distorção resultante da lente que a originou, parecendo que é curva a parede que na relidade é direita. Em próximos posts apresentarei imagens mais pormenorizadas.  Hoje fico por aqui…

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