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Friday, January 30, 2015

[ O Anjo do Saldanha #5 ]



"[…] … O som da sirene das ambulâncias mexe comigo…altera-me… Sempre. Desde criança. Transporta-me automaticamente para um contexto de sofrimento ao qual não me é possível ficar indiferente. Com 11 ou 12 anos construí uma mnemónica que entoava mentalmente à passagem de cada um desses veículos de desespero, visando influir no destino da pessoa transportada, melhorando-o. Acreditava que fazia diferença. […]"

Sunday, January 18, 2015

[ O Anjo do Saldanha #4 ]



A chuva voltou. E não foi só ao Saldanha… Não cai apenas sobre o anjo.
Ontem foi noite de temporal. Além da chuva, houve ventos fortíssimos. O manto verde da Serra de Sintra está abundantemente salpicado de árvores caídas.
Há três semanas, num passeio por esta serra perdi-me. Ao pôr do sol estavam já (apenas) seis graus, e eu ainda andava com a roupa escolhida para as 14h00 de uma agradável tarde de sol, e ainda a uns bons 9 ou 10km do local em que havia deixado o carro. Valeu-me uma boleia de um caridoso vendedor de fruta, da estrada de Colares (já próximo da Azóia), o qual quando eu disse que estava "a pé" e onde tinha deixado o carro, recusou deixar-me retomar o caminho e fez questão de me levar na sua carrinha até ao referido local, serra adentro.
Obviamente que fiquei muito grato a este novo amigo. Hoje atravessei novamente a serra para lhe ir levar um modesto contributo para o seu jantar, sob a forma de uma garrafa de um tinto alentejano. Hoje, a dada altura, percorrendo um caminho florestal, vi-me obrigado a uma marcha-atrás de aproximadamente 1km depois de ver a progressão impossibilitada pela existência de três árvores caídas por efeito dominó, transversalmente à minha rota.
As árvores do Saldanha não cairam com este vendaval. O verdadeiro perigo são os carros.
Cuidado ao atravessar!!!