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Sunday, December 13, 2015

[ Parede viral ]



Nos tempos que correm chama-se viral a algo que se propaga num determinado meio, a uma velocidade manifestamente superior ao que seria espectável, tendo em conta apenas as características originais constituintes do referente em causa.
Se considerarmos estar a falar de paredes de aproximadamente seis metros de comprimento e 2.8m de altura, e se o comportamento verificado for o da aparente multiplicação das referidas paredes, creio então que estaremos perante um comportamento viral… esta coisa espalha-se.
Na origem do fenómeno está o facto de a restante equipa do atelier 004 ter gostado bastante do resultado da aplicação da parede do eléctrico, com que contribuí para a decoração da Novo Futuro Manique (Casa Laminga), no âmbito da colaboração com a Mcdonald's Portugal.
É então assim que actualmente uma versão muita aproximada da ilustração dessa parede, à semelhença da sua irmã que tenta dar mais um pouco de alegria aos jovens auxiliados pela referida instituição, anima também os dias de trabalho do nosso atelier.
Aqui fica o vídeo do fenómeno de propagação, no momento exacto em que a contaminação ocorre, em ritmo acelerado, ao som da espectacular "Caravan" de Jonh Wasson.
Click na imagem para ver no Youtube.
Os dois artistas visíveis nesta mini produção são os especialistas da Ocyan, verdadeiros mestres do manuseamento e aplicação do viníl impresso.

Saturday, December 5, 2015

[ Sem remorso #7 _ 7/7 ]



… esta estória acabou hoje…


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Friday, December 4, 2015

[ Sem remorso #6 _ 7/6 ]


… Amanhã esta estória acaba…

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Sunday, November 29, 2015

[ Sem remorso #1 _ 7/1 ]



Ao longo desta semana publicarei uma pequena estória ilustrada, escrita por Luísa Jardim. 
Faz parte da Egoísta 56 que já anda por aí.
É a primeira narrativa em jeito de BD que ilustro com cor integral. Até aqui, neste tipo de estrutura de texto, tenho optado por uma linguagem exclusivamente desenhada, ou por uma abordagem mista, utilizando uma paleta contida.
Desta vez o lado sombrio permanece essencialmente na narrativa. 
A cor tenta equilibrar por antecipação os dias cinzentos do próximo inverno.

… 7 dias / 1 página por dia…


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Tuesday, November 10, 2015

Tuesday, November 3, 2015

[ A parede do eléctrico ]


A McDonald's Portugal, no âmbito da sua iniciativa "Sorrisos com cor – Dia do Fundador 2015", promoveu intervenções de beneficiação e melhoramento em várias instituições que têm como vocação a acção social direccionada para vários sectores desfavorecidos do tecido social do nosso país. Esta acção culminou, no dia 27 de Outubro, com a apresentação das intervenções efectuadas. As intervenções contemplam um leque alargado de áreas como a beneficiação de instalações, o fornecimento de equipamentos de carácter variado, ou ainda, o acesso a contribuições com origem em parceiros externos. 
O meu amigo Rui Simões desafiou-me a colaborar, através da oferta de uma ilustração para uma das paredes da intervenção que incidiu sobre as instalações da Novo Futuro Manique (Casa Laminga). A área delimitada, entre outras, por esta parede, desempenha funções de espaço de convívio entre jovens adolescentes.
A ilustração que propus é sobre o prazer e a sensação de liberdade sentidos por um jovem casal que passeia de mota pelas ruas de Lisboa, numa tarde de céu azul e temperatura amena. Atrás vem um eléctrico em que uma moça partilha dessa alegria observando as fachadas pitorescas da cidade. Ao fundo vê-se um jardim que espreita sobre outra das colinas de Lisboa. Espero que na pequena relevância que esta parede vai ter no dia-a-dia dos jovens utilizadores deste espaço, a mesma possa de alguma forma ser inspiradora de sensações positivas, e quem sabe, de algo mais. As manifestações artísticas (das artes maiores às artes menores) são possuidoras da potencial capacidade de induzir o sonho. Já que não sei fazer música (a arte mais perfeita) lá terá que ficar apenas um boneco.
Este boneco tem 6720 mm de largura * 2330 mm da altura. Mais uma vez o patamar de exigência em que faço questão de trabalhar não se coaduna com a existência de pixel visível na aplicação final. Isto obrigou à produção de mais um desenho de dimensões generosas para permitir uma digitalização sem recurso a interpolação, e, consequente geração de um ficheiro de imagem gigantesco, com aprox. 2.5 GB. A complexidade do tratamento cromático exigiu um grande exercício de equilíbrio entre o minímo possível de layers, e a máxima separação possível dos diferentes patamares de informação. As operações de open e save demoravam um tempo generoso, vivido sempre com alguma angústia.
Na imagem que aqui apresento existe uma distorção resultante da lente que a originou, parecendo que é curva a parede que na relidade é direita. Em próximos posts apresentarei imagens mais pormenorizadas.  Hoje fico por aqui…

Saturday, October 24, 2015

[ Preview ]


"… E o anjo disse sorrindo:
– Vocês é que quiseram estar cá nesta altura… Foram os Vossos espíritos que pediram para estar entre os que vão viver estes dias…
…Os meninos índigo… as crianças cristal…
– Crazy, man…"

Tuesday, October 6, 2015

[ #2 ]


… Todos os estudos existentes sobre a complexa relação identificada entre a dimensão do desenho e a quantidade de música necessária para o desenvolver remetem inequivocamente para… uma proporção directa. Muito traçado consome muitas playlists.
O mesmo poderá ser dito sobre a sua qualidade.

Thursday, October 1, 2015

[ # 1 ]


As Sakura Micron 01 e 005 andam atarefadas… ao som das playlists do ipod.
Sem música acho que dificilmente sairia um risco da sua ponteira.

Monday, September 21, 2015

[ Viajar no outono ]


Viajar no Outono é algo de fantástico…
Ver coisas diferentes antes do derradeiro mergulho no inverno… e em mais um ano de trabalho.
O ar já está mais fresco. Andar o dia todo já não é um martírio.
Lá, no destino, comprar um par de botas, ou uma camisola, que servirá simultâneamente de recordação diária da viagem, e de prrotecção para o frio dos meses seguintes.
Quando regresso venho mesmo com vontade de fazer coisas novas…

Nesta ilustração, por cima do autocarro, há um avião a partir… nós vamos lá dentro.

Thursday, September 10, 2015

[ Todos – Caminhada de culturas ]


Antoni Tàpies… desde o primeiro momento em que contactei com a sua obra gráfica – através de um magnífico catálogo de cartazes (que me ficou atravessado por não ter na altura dinheiro para o comprar), folheado numa visita à fundação com o seu nome, em Barcelona – que fiquei fascinado com o intrincado cruzamento da sua obra plástica com o design dos suportes de comunicação gráfica por si produzidos. Na altura eu já estava na Faculdade de Belas Artes, na calha para me vir a desembrulhar designer de comunicação. Aquelas horas passadas na Aragó nr. 255 foram marcantes (também ajudou o facto da banda sonora do documentário sobre a vida e obra do mestre conter música de Arvo Pãrt).
Foi hoje para o ar o site do "Todos – Caminhada de Culturas" – festival multidisciplinar anual, que materializa este ano a sua sétima edição de promoção do contacto intercultural… objectivo sempre desejável… MAS especialmente relevante nos dias que correm.
Este ano desenhei o site na 004, mas o logótipo presente na assinatura do festival, cruzando a linguagem plástica do desenho com o design da identidade, já tem os tais sete anos. Ao longo das sete edições do festival foi-me possível, em vários momentos, ter o gostinho especial desta mistura do desenho com o layout, que nem sempre é adequada a outros trabalhos de outros clientes.
No Todos encaixa na perfeição.
A edição deste ano decorre de 10 a 13 deste mês de Setembro e impõe várias idas à Colina de Santana e ao Campo dos Mártires da Pátria… Garanto que vai valer a pena.
Download do programa aqui.

Thursday, August 20, 2015

[ Lisboa – Évora nas férias da Páscoa ]


Esta moça está sentada simultaneamente… num daqueles monolíticos bancos de cidade, de desenho minimalista, cor clara e toque frio, de costas para uma pequena praça, na qual circula gente apressada e atenta a tudo e a nada ao mesmo tempo… e num daqueles bancos de tábuas verdes e pés pretos aludindo a magros troncos retorcidos, de aldeia, com formas arredondadas e toque quente do sol, de costas para um pequeno largo, nos limites do qual duas comadres vão trocando, através de um janela, considerações sobre a forma como a senhora da padaria tem vindo a emagrecer a olhos vistos desde que o seu velho gato morreu. 
A moça, ao telefone, comunica entre estes dois mundos e separa-os fisicamente na ilustração. Permite tê-los lado a lado sem se guerrearem.
De um lado há ninhos de andorinhas nos recantos dos telhados… do outro apenas "cocó" de pombo nos semáforos cinzentos.

Thursday, July 16, 2015

[ Egoísta 55 _ 15 anos ]


A Egoísta nr 55 já anda por aí.
Esta edição comemora os 15 anos da revista, bem como os 70 prémios que já nos foram atribuídos, em várias vertentes do projecto (design, editorial, ilustração, projecto global…).
Em cima à esquerda está o logo que fiz para comemorar estes 15 anos, e que aparecerá nas edições de 2015 da revista.
A minha primeira ilustração com recurso a desenho sobre papel, e cor digital, técnica pela qual tenho desenvolvido a maior parte do meu percurso enquanto ilustrador, foi feita para o nr 5, cujo tema era "saudade". O texto, da autoria de Agustina Bessa-Luís, chamava-se "Artur Leite, pai de uma menina". Janeiro de 2001.
: )
Esta edição recupera, para um texto da Patrícia Reis (editora da revista), uma ilustração minha, anteriormente feita para o livro "Antes de ser feliz", também da autoria de Patrícia Reis.

Sunday, May 17, 2015

[ Liberdade #4 ]

Mongólia, 16 de Junho, 14:49

Wednesday, March 25, 2015

[ Sana Evolution Saldanha . Lisboa #3 ]




… + dois pormenores da parede grande do Evolution Saldanha.
Na primeira imagem é possível ver a segunda mudança do plano da parede, mudança essa que é acompanhada por nova alteração da perspectiva (repare-se como o passeio desenhado deixa de estar paralelo ao chão real, começando agora a divergir do mesmo). Esta articulação de perspectivas diferentes com os vários planos estruturais permitiu-me aumentar o dinamismo da composição.

[ click sobre a imagem para aumentar ]

Friday, March 13, 2015

[ Sana Evolution Saldanha . Lisboa #2 ]

 

Ilustrar a parede grande do Sana Evolution Saldanha foi um grande desafio… Um desafio com 13,6 metros de comprimento, para ser exacto.
Como já referi neste blog, a noção exacta das implicações técnicas associadas à materialização do trabalho de ilustração é fulcral, na medida em que condiciona de forma decisiva a qualidade do trabalho final. A nossa melhor ilustração, se mal reproduzida, ou se construída de forma desadequada aos meios utilizados para a a sua reprodução, resultará, quase certamente, num completo desastre.
Neste trabalho o problema esmagador consistia na dimensão. A parede a preencher estendia-se ao longo de 3 planos que totalizavam os referidos 13,6 metros. Para agravar um pouco o panorama, existem ainda duas esquinas dobrando a superfície em ângulos de 90º.
O patamar de qualidade de reprodução que defini, excluía, obviamente, a existência de qualquer indício de pixel no traçado impresso. Assim, logo à partida, a dimensão do ficheiro seria esmagadora. A possibilidade de trabalhar em faixas verticais não era especialmente animadora devido à complexidade de traçado. As probabilidades de ocorrerem desacertos seriam enormes e faziam antever uma sequência grande de horas de desespero a resolver os problemas daí resultantes.
Por fim, a representação proposta incorporava mudanças compositivas coincidentes com as esquinas da parede. As diferentes abordagens perspécticas deveriam coincidir rigorosamente com as mudanças de plano construtivo.
Acabei por optar pela geração de um ficheiro único em que todos estes aspectos seriam mais fáceis de controlar.
Por outro lado, devido a uma capacidade limitada de digitalização sem interpolação e pela relação deste aspecto com o tamanho da parede, o original a desenhar tinha necessariamente que ter uma dimensão generosa. Esta decisão foi também importante para conseguir que o traçado, ao ser ampliado não ficasse demasiado grosso. A utilização de uma caneta ultra fina também viría a judar.

[ Sana Evolution Saldanha . Lisboa #1 Making of]



A ilustração da parede grande do Sana Evolution Saldanha levou-me a desenhar o meu maior original destinado a uma ilustração, destronando assim o skater para o PopUp Lisboa.
Nestes 1,9 metros de papel cabe muito traçado.
Foram várias horas consecutivas de trabalho, ao longo de alguns dias, e algumas canetas...
A antevisão de semelhente tarefa levou-me a procedimentos especiais, como por exemplo a limpeza a fundo do estirador, ritual habitualmente reservado aos preparativos para receber as folhas de grande formato dos desenhos como um fim, pertencentes a uma outra gaveta do arquivo.

Sunday, March 1, 2015

[ Alimentos Especiais na Diabetes _ Cereais ]


Arroz é o meu acompanhamento preferido. Consigo comê-lo repetidamente em refeições seguidas sem que surjam em mim quaisquer sinais de saturação gastronómica. Consigo inclusivamente, após um faustoso jantar no nosso indiano de eleição, que deixa qualquer pessoa no limite máximo da satisfação, ainda encontrar espaço para mais uma colher cheia de arroz basmati hiper aromático… só de arroz.
As várias formas de se confeccionar arroz, em associação com as suas diferentes variedades naturais ajudam a diversificar de refeição para refeição. Sabor, consistência e aroma vão sendo diferentes. Até alguns tipos de arroz "branco", cozidos apenas na dose certa de água, e com a quantidade certa de sal, podem ser maravilhosos… MAS este não é um blog de culinária, nem eu estou habilitado a fazê-lo.
Aqui deve falar-se de bonecada.
Conceber uma ilustração de arroz, crú, sem mais nenhum tipo de ingrediente… mais nenhum elemento visual que o acompanhe… foi inicialmente um desafio preocupante.
Admita-se que tão agradável alimento, se analisado pela visão em vez de pelo paladar, teimará em não revelar o seu explendor. Diria mesmo que deixa qualquer ilustrador apreensivo perante a tarefa que lhe é  pedida. No final valeu-me o facto de se tratar de arroz integral, possuidor de características um pouco mais diferenciadoras em relação à cor do papel de fundo sobre o qual tinha que desenhar.

Friday, January 30, 2015

[ O Anjo do Saldanha #5 ]



"[…] … O som da sirene das ambulâncias mexe comigo…altera-me… Sempre. Desde criança. Transporta-me automaticamente para um contexto de sofrimento ao qual não me é possível ficar indiferente. Com 11 ou 12 anos construí uma mnemónica que entoava mentalmente à passagem de cada um desses veículos de desespero, visando influir no destino da pessoa transportada, melhorando-o. Acreditava que fazia diferença. […]"

Sunday, January 18, 2015

[ O Anjo do Saldanha #4 ]



A chuva voltou. E não foi só ao Saldanha… Não cai apenas sobre o anjo.
Ontem foi noite de temporal. Além da chuva, houve ventos fortíssimos. O manto verde da Serra de Sintra está abundantemente salpicado de árvores caídas.
Há três semanas, num passeio por esta serra perdi-me. Ao pôr do sol estavam já (apenas) seis graus, e eu ainda andava com a roupa escolhida para as 14h00 de uma agradável tarde de sol, e ainda a uns bons 9 ou 10km do local em que havia deixado o carro. Valeu-me uma boleia de um caridoso vendedor de fruta, da estrada de Colares (já próximo da Azóia), o qual quando eu disse que estava "a pé" e onde tinha deixado o carro, recusou deixar-me retomar o caminho e fez questão de me levar na sua carrinha até ao referido local, serra adentro.
Obviamente que fiquei muito grato a este novo amigo. Hoje atravessei novamente a serra para lhe ir levar um modesto contributo para o seu jantar, sob a forma de uma garrafa de um tinto alentejano. Hoje, a dada altura, percorrendo um caminho florestal, vi-me obrigado a uma marcha-atrás de aproximadamente 1km depois de ver a progressão impossibilitada pela existência de três árvores caídas por efeito dominó, transversalmente à minha rota.
As árvores do Saldanha não cairam com este vendaval. O verdadeiro perigo são os carros.
Cuidado ao atravessar!!!